Do Artesanato ao Negócio: Vidas que se redefinem
Em diferentes fases da vida, Vágner, Sonia e Maria Aparecida encontraram no artesanato e no empreendedorismo não apenas uma fonte de renda, mas também uma forma de expressão, superação e conexão com o outro. Integrantes da nova edição do projeto Lojas Colaborativas Junto & Misturado, eles mostram como o trabalho manual pode ser caminho mudança.
Vágner Sérgio Brisola – Da marcenaria terapêutica ao negócio de sucesso
Tietê Plaza – São Paulo (SP)
@vag_artesanato
Transformar um simples pedaço de madeira em algo útil e belo. É assim que Vágner Brisola, de 69 anos, define o trabalho que desenvolve há seis anos com sua marca de marcenaria artesanal. O que começou como prazer e terapia, virou negócio e, desde então, ele não parou mais.
“O que pra muitos é só madeira, pra mim é matéria-prima com potencial”, afirma.

Seus produtos mais vendidos revelam esse olhar prático e cuidadoso. Um deles é a sapateira para hall de entrada, criada ainda na pandemia e que segue como sucesso de vendas. A evolução da peça — o banco sapateira — já chegou a diferentes estados do Brasil. Outro destaque é o comedouro para pets, feito com madeira resistente e acabamento refinado.
Apaixonado por empreender, Vágner já teve outros negócios, mas foi na marcenaria que encontrou a realização
Para quem deseja empreender, ele compartilha uma dica de vida:
“Busque seu sonho com olhos bem abertos. Encare cada desafio como se fosse o último dia.”
Na Loja Colaborativa do Tietê Plaza, ele se diz entusiasmado: “Aprendo a cada plantão. Vendo meus produtos e os dos colegas — e isso me alegra ainda mais.”
Sonia Maria Garcia – Agulhas e tecidos guiando novos caminhos
Shopping Cidade São Paulo – São Paulo (SP)
@ponto.cia
Quando a vida corporativa chegou ao fim, Sonia Garcia, 61 anos, se reinventou com agulhas, linhas e tecidos. Em 2021, após ser desligada da empresa onde atuou por quase três décadas, ela encontrou no artesanato uma nova forma de seguir em frente — e de se redescobrir.

Seu negócio hoje valoriza o trabalho manual em cada detalhe: são bolsas, carteiras, bordados e costuras criativas que revelam um olhar sensível e autoral. Entre os itens preferidos do público estão a bolsa de crochê, feita 100% com fio de algodão e lavável, e a carteira com porta-celular, que une praticidade e estilo com um toque artesanal.
“Empreender aconteceu por necessidade, mas me mostrou um novo talento”, diz Sonia, que reforça:
“Não deixe de acreditar no seu talento. Siga em frente.”
Suas expectativas para o período na Loja Colaborativa no Shopping Cidade São Paulo são de crescimento e conexões: “Quero aprender, trocar, fazer networking. Este espaço é uma oportunidade de capacitação constante.”
E completa com carinho: “Meus produtos têm um toque pessoal, são presentes com alma — pra você ou pra quem você ama.”
Maria Aparecida Spinello – Colares que nascem da vontade de seguir em frente
Grand Plaza – Santo André (SP)
@colares_artesanais11
A história de Maria Aparecida, 69 anos, é de resiliência. Após enfrentar um câncer de estômago e, mais tarde, a depressão na pandemia, ela encontrou nos colares artesanais uma forma de voltar a sorrir.
“Comecei com materiais que tinha em casa. Vendi os primeiros e não parei mais”, conta.

Hoje, produz acessórios femininos com uma variedade impressionante de materiais: tecidos, linhas, barbantes, correntes, resinas e pedras naturais se combinam para formar colares únicos, cheios de cor e personalidade.
A arte virou sustento e alegria. “Faço tudo com muito amor.”
O ato de empreender surgiu por necessidade, mas trouxe propósito e comunidade. Ao participar de feiras e parcerias, agora celebra o novo momento com a loja colaborativa: “Minha expectativa é sempre positiva. Quero crescer, aprender e progredir.”
Sua mensagem para quem sonha em empreender é direta e inspiradora:
“Se tiver medo, vai com medo mesmo. A satisfação é bem maior.”